A busca por uma cultura guiada por dados é, atualmente, um dos objetivos fundamentais das empresas mais antenadas com o mercado e as evoluções digitais.
Autor: Julinho
A busca por uma cultura guiada por dados é, atualmente, um dos objetivos fundamentais das empresas mais antenadas com o mercado e as evoluções digitais. Uma pesquisa realizada pelo professor Erik Brynjolfsson, do renomado MIT, observou que a produtividade e os rendimentos das organizações data-driven são até 5-6% mais altos.
Mas o que isso quer dizer, afinal? Que o negócio estrutura seus processos e métricas tomando como referência os dados factuais, abandonando, dessa forma, decisões fundamentadas em exemplos passados, instintos e achismos.
No entanto, cultivar essa cultura tem se apresentado como grande desafio para muitas marcas. É o que aponta um estudo realizado pela NewVantage Partners. Segundo a pesquisa, pelo menos 72% dos entrevistados – principalmente executivos C-Level (97,5%) – afirmaram que suas organizações ainda não eram data-driven.
Além disso, a porcentagem de entrevistados que indicou “interesse em criar uma organização baseada em dados” diminuiu para 31% em 2019, sendo que em 2018 era de 32,4% e, em 2017, 37,1%.
Na era da transformação digital, o estudo apontou, ainda, uma queda de 16,4% no número de empresas impulsionadas pela análise dos dados, entre os anos de 2017 e 2019. A regressão digital coloca em cheque o potencial evolutivo de mercado dessas organizações.
Será possível viver em um futuro altamente tecnológico sem fazer as adequações necessárias para manter a empresa no topo? Saiba mais sobre isso no nosso artigo: Por que minha empresa precisa ser data-driven?
Para explicar a importância em ser data-driven nos dias atuais, vamos usar uma analogia. Não percebemos o quanto dependemos de nossos smartphones enquanto não somos privados de seu uso. Imagine ficar um dia, uma semana ou mesmo um mês sem seu aparelho telefônico. Para muitos, isso pode parecer impossível, não é mesmo? Pois o mesmo se aplica quando falamos sobre negar aos seus funcionários informações diárias e essenciais para o crescimento da sua marca.
No entanto, uma cultura guiada por dados não pode ser fabricada ou comprada. Ela deve ser cultivada e desenvolvida rotineiramente em todos os processos. E isso pode ser frustrante para muitos executivos, que esperam que a tecnologia por si só seja capaz de fazer com que os números mudem como que por um “passe de mágica”.
Os principais desafios em se tornar data-driven estão mais enraizados em pessoas (62,5%) e processos (30%), não tecnologia (7,5%). É o que diz o estudo que mencionamos acima. Afinal, essas informações reforçam a necessidade em se adotar uma abordagem que seja realmente capaz de nutrir essa cultura.
Brent Dykes, diretor de estratégia de dados na Domo, orienta que foquemos nos quatro pilares a seguir para que a cultura guiada por dados se estabeleça com eficiência e eficácia em uma organização:
Mas o que é mindset, afinal de contas? É a forma como o coletivo, todos os funcionários e colaboradores da empresa, lidam com os dados. Para tanto, é necessário ter zelo e paciência para guiar o time em uma nova direção. As seguintes áreas de foco podem ajudar com isso:
O skill set (conjunto de habilidades, em tradução livre) da sua equipe, quando falamos em dados, deve ser bem específico. Os conhecimentos e competências em data são indispensáveis a todo o time. Assim sendo, é possível impulsionar o know-how dos seus funcionários focando nas seguintes áreas:
Ao longo do tempo, as empresas tendem a acumular uma variedade de sistemas e ferramentas que gerenciam os dados, o toolset. Entretanto, em vez de facilitar o desenvolvimento de uma cultura guiada por dados, dificultam amplamente seu progresso. Para se ter uma base tecnológica sólida, que pode garantir que essa cultura seja estabelecida, foque nas seguintes áreas:
O dados podem ser vistos como um meio para um fim. Sua relevância e qualidade determinarão se serão adotados ou não pelos funcionários da empresa. Focar nas seguintes áreas pode garantir que seus dados sejam elementares, confiáveis e protegidos:
Segundo Dykes, estes quatro pilares servem como uma estrutura frutífera para o desenvolvimento e estabelecimento de uma cultura orientada por dados. Além, é claro, de facilitarem a localização de lacunas na estratégia geral dos dados da sua empresa.
É importante salientar também, que mais importante que ter ferramentas, o crucial ainda é: como você faz o tratamento anterior ao dado. Ou seja, não adianta enfiar o dado em um software e esperar por uma resposta milagrosa. Mais importante que o dado é saber perguntar. Escrevemos sobre isso aqui também.
Afinal, “a estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota” (Sun Tzu).
Um estudo realizado pelo Google e pelo Boston Consulting Group (BCG) no campo do marketing data-driven aponta que empresas com maturidade digital são capazes de lucrar até 20% mais e desembolsar até 30% menos.
Contudo, os gastos em marketing direcionados para o digital no Brasil (25%) ainda são tímidos se comparados a outros países, como Reino Unido (61%) e Estados Unidos (44%). E isso é um grande erro, já que as oportunidades digitais são expressivas em terras tupiniquins.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pelo BCG em 2018 aponta que dos três mil brasileiros entrevistados, 84% não utilizam ad blockers sistematicamente, 75% clicariam em anúncios do seu interesse e 56% são inclinados a clicar em anúncios digitais.
Portando, números são oportunidades fragmentadas. Nesse mar de oportunidades digitais, se negar a navegar se orientando pela bússola dos dados pode ser fatal para sua organização. Se informe, se estabeleça. Se precisar de ajuda, conte com a Flip!
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