Será que existe um gargalo entre as metodologias do Design Thinking e/ou Design Sprint e sua aplicabilidade? Vamos refletir sobre essas duas ferramentas incríveis e saiba como construir soluções viáveis para sua empresa.
Autor: Julinho
Será que existe um gargalo entre as metodologias do Design Thinking e/ou Design Sprint e sua aplicabilidade? Vamos refletir sobre essas duas ferramentas incríveis e saiba como construir soluções viáveis para sua empresa.
Primeiramente, é preciso uma reflexão:
“Um problema bem definido é metade do problema resolvido”.
A citação do inventor e filósofo Charles Kettering é perfeita para descrever os possíveis desdobramentos através da aplicação do Design Thinking e do Design Sprint nos processos de uma organização. Essas duas técnicas de execução, apesar de diferentes, se completam.
Ainda assim, após sua aplicação, que pode ser revigorante, as empresas têm esbarrado com alguns problemas logísticos.
Para começar, vamos entender melhor como funcionam cada uma dessas técnicas e como elas podem te ajudar. Depois, falamos um pouco sobre como evitar que seus investimentos de tempo, dinheiro e pessoal sejam infrutíferos.
Ele modifica a forma de se encontrar novos caminhos para o êxito. Estimula as organizações a se concentrarem em suas personas, para as quais criam e levam produtos e serviços, além de auxiliar na coordenação de pessoal e processos internos. Tudo isso com foco no ser humano e em suas necessidades.
“O design thinking pode ser descrito como uma disciplina que usa a sensibilidade e os métodos do designer para atender às necessidades das pessoas com o que é tecnologicamente viável e o que uma estratégia de negócios exequível pode converter em valor para o cliente e oportunidades de mercado”. A definição é de Tim Brown, pioneiro e disseminador do Design Thinking, presidente e CEO da IDEO, empresa que já trabalhou com gigantes, como Apple e General Electric.
O Design Thinking reúne pessoas multidisciplinarmente. Mistura as competências. Profissionais de diferentes cargos na empresa se unem em busca de um bem comum. E isso não implica, necessariamente, em apenas solucionar um problema. É possível, também, criar novos produtos, inovar, refletir sobre algo etc.. São técnicas e interpretações coletivas para se chegar no objetivo final.
Uma curiosidade: especificar o problema, para muitas organizações, é um desafio que demanda auxílio externo. Afinal, tudo parte, como já falamos acima, de uma boa definição do problema. E nada como a inteligência coletiva agregada para ajudar a identificar e a buscar por alternativas.
Atualmente, a clássica dinâmica de grupo vem recebendo duras críticas por ter se tornado uma técnica superficial. “As pessoas acham que o brainstorm é algo leve, divertido e solto. Pensam que é só sentar na mesa com a equipe, mais suquinhos e biscoitinhos, e ter ideias. Isso deixa a técnica muito ineficiente”, aponta Eduardo Loureiro, um dos maiores nomes em Design Thinking no Brasil e sócio-diretor na DesignThinkers Group Brazil.
No DT, por outro lado, embora diversas técnicas que controlam o processo de criação são aplicadas. “Isso pode soar contraditório quando falamos em geração de ideias e criatividade, mas a verdade é que quanto mais regras, mais temos a possibilidade de extrair a inventividade das pessoas. Utilizamos métodos que obrigam o indivíduo a gerar novas conexões. E fazer novas conexões, obriga o cérebro a trilhar novos caminhos”, completa Loureiro, que indica o brainwriting como alternativa interessante. A técnica democratiza a ideação e gera uma colaboração automática dentro da equipe.
Fase de compreensão do contexto. Não se inicia o processo tentando solucionar o problema. O primeiro passo é entender qual é o problema e como ele se desdobra. Conversamos com as pessoas, lemos documentos, fazemos análise de tudo que aconteceu até o momento naquela organização, produto ou serviço. Então, tentamos entender ao máximo o contexto e quem são os indivíduos envolvidos naquelas circunstâncias.
Realiza-se o mesmo processo da primeira etapa, mas, desta vez, com o cliente da história. O Design Thinking tem a abordagem focada no usuário. Então, conversa-se com o máximo de pessoas possíveis, de maneira profunda, presencial e contextual. Vamos até as pessoas, conversamos com elas no contexto delas. Seja em casa ou no trabalho. Tentamos entendê-la onde trabalha, vive ou atua.
Quando produzimos o entendimento de contexto e somos empáticos com o cliente, temos uma série de informações e um embasamento muito melhor sobre qual é o problema que precisa ser resolvido. Em seguida, fazemos uma etapa de análise. Temos vários nomes para isso. Pode ser debriefing, pode ser repensar o problema. O que de fato precisa ser solucionado, o que é problema? Com esse desafio a ser resolvido é que entramos na fase de ideação.
Agora entramos no processo criativo. Fazemos isso com um framework muito legal, o Double Diamond. Geramos uma porção de ideias e, depois, convergimos nas melhores, priorizando-as. Elas são levadas mais adiante no processo, sendo prototipadas. Colocamos a prova, tornando-as o mais físico e palpável possível.
São criados pilotos para que as pessoas consigam vivenciar de alguma forma essas ideias na prática, ainda que isso seja apenas um conceito desenhado e rascunhado em um papel. Pode ser um protótipo de baixa fidelidade, por exemplo. Ou pode-se gerar um serviço totalmente fake, testado por um dia para ver se gera valor para as pessoas. Assim, é possível avaliar quais ideias são promissoras para serem executadas ou não.
O trabalho é colocado à prova. São chamados clientes reais para usar, observar ou vivenciar aquele protótipo de alguma forma. Daí partem os ajustes que possivelmente terão que ser realizados. Eles vão surgir das dúvidas dessas pessoas. O que fazemos é ajustar e testar de novo. Rodamos esses ciclos até que se tenha tempo e dinheiro no projeto. Quanto maior o número de iterações, melhor será a solução. Seja a nível de protótipo, piloto, seja a nível implementado.
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Seja como for, tudo é muito baseado em dinâmicas com propósitos. Não se pensar em soluções práticas (e aplicá-las) pode ser determinante para fiascos monumentais. Um dos casos mais evidentes dos últimos tempos são os táxis. As frotas não evoluíram com o mercado e foram engolidas pelas prestadoras de serviços que utilizam plataformas digitais, como Uber, Cabify e 99. O usuário quer ótimas experiência. Por isso, é sempre essencial agir com o intuito de aprimorar a vivência do cliente, para assim então, entregar alto relevante e recorrente.
Com duração de cinco dias, o Sprint é um processo passo a passo para solucionar grandes problemas e testar novas e loucas ideias. Tem como objetivo responder a perguntas críticas de negócios por meio do design, prototipagem e experimento de ideias com os clientes. Queremos construir boas experiências tanto quanto o usuário deseja experimentá-las.
Desenvolvido pelo autor do bestseller “Sprint”, Jake Knnap, para a Google Venture (atualmente GV), é um um grande sucesso quando o assunto é estratégia de negócios, Design Thinking e inovação e ciência do comportamento. Mas pode ajudar com muito mais. Em contrapartida, imagine o Design Sprint como ferramenta de apoio.
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Você começa com algo relativamente vago, reúne um time de profissionais para debater um desafio especificado, e termina com uma possibilidade tangível. Nesse sentido, isso não implica que a solução encontrada seja viável. A viabilidade será discutida depois, afinal, não é interesse do Design Sprint apontar se a solução é cara ou barata, bonita ou feia. Antes disso, ela precisa ser exequível.
O Design Sprint é um atalho para o aprendizado. Então, ao invés de levar meses e mais meses no processo de desenvolvimento de um novo produto ou solução, por exemplo, ele torna a inovação possível em 40 horas de trabalho com os seguintes passos:
O funcionário sai da empresa com o propósito de fazer a diferença, de oferecer um serviço melhor. Localiza um problema gerador de outros problemas e propõe a solução, que pode estar no âmbito tecnológico ou só de cultura, por exemplo. O que precisamos melhorar para que o nosso produto fique mais competitivo? O que precisa ser feito para aprimorar a experiência do usuário? Então o Design Sprint ajuda a explodir essas possibilidades. Imediatamente, a cada dia, é possível sentir o valor surgindo.
São, geralmente, mais complexos para se desenvolver. Por isso, embira, é muito importante ter em mente que não é saudável rodar a ferramenta para resolver problemas de menor importância.
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Nesse meio tempo, a Flip Lab já participou de um Workshop sobre Design Sprint com um especialista da Google, o UX Designer Koji Pereira. Você pode ler mais sobre essa experiência clicando aqui. Bem como ver, alguns projetos que realizamos também.
Knapp, no entanto, sob o mesmo ponto de vista, já deu um “gás” na técnica e lançou o Sprint 2.0. É uma espécie de atualização do processo, já que o livro foi lançado em 2016. Neste vídeo você pode entender um pouco mais sobre essas mudanças. A mais importante delas, o DS passa de cinco para quatro dias.
O Design Thinking não pode ser comparado ao Design Sprint. Um independe do outro. Ainda sim, são complementares. Enquanto o primeiro é um modo de pensar, o segundo é como se fosse uma receita a se seguir. No entanto, é importante salientar que, dentro da rodagem de Design Thinking podemos encaixar o Sprint. Mapear os obstáculos torna possível listar os subproblemas que causam o mega problema.
Apesar de tantas nomenclaturas, outro ponto interessante que pode ser constatado é que as metodologias do Design Thinking podem ser aplicadas no Sprint. O modo de colher informações fundamentais para alimentar a rápida ideação, prototipagem e testes do DT, garantem uma fórmula de sucesso quando empregadas no DS.
Além disso, é importante criar insights que guiam para a identificação de diferentes áreas de problemas e oportunidades se torna uma realidade. Eventualmente, problemas surgem pelo caminho, mas, isso é um bom sinal. Você pode ler mais sobre isso neste artigo.
O ideal, aqui, é ir direto para produção, se é um produto já existente. Se é um produto novo, o interessante é fazer um follow up (acompanhamento, em tradução livre) para validar se as ideias valem o quanto pesam. Embora que, todas as ideias pareçam boas, é preciso ter o momento (e a coragem) de fazer tudo se tornar real!
Neste momento, a ação da organização deve ser algo como: “aqui está o blueprint que criamos com o DT e/ou DS. Agora, vamos fazer acontecer!”.
No entanto, a Flip Lab tem notado que as empresas, apesar de amarem rodar o Design Thinking ou Sprint, porque geram uma sensação de que algo está sendo construído (além de ter lanchinhos, ser dinâmico…), é que existe um gargalo. As organizações se enchem de esperanças, mas, em muitos casos, não aplicam as resoluções. Portanto, fica definido o que precisa ser feito, mas isso não sai do papel. É importante deixar claro que isso é apenas uma hipótese baseadas em reuniões realizadas com os nossos clientes e prospectados.
Finalmente, agora é sentar e fazer acontecer. e ter como resultado, produtos e serviços digitais coerentes para as pessoas. Com isso, a Flip Lab pode te ajudar também! Clique aqui e entre em contato com nossa equipe.
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